terça-feira

Bloqueio de diferencial







Andar com o veículo em linha reta é muito simples. O carro do desenho animado dos Flintstones, com as rodas inteiriças de pedra faz muito bem essa função.

Basta colocar os pés no chão e empurrar. Mas, os atuais precisam mudar de direção, entrando em uma esquina ou fazendo uma curva. Para isso existe o diferencial. Então, como esse sistema funciona?

Imagina um carro fazendo uma curva! Agora pense apenas no eixo dianteiro para ficar mais simples.

As duas rodas não descrevem a mesma trajetória, pois a de fora faz um arco nitidamente maior. Se o eixo de tração fosse rígido, haveria um escorregamento do pneu que está na parte interna, pois a velocidade angular é muito grande.

Para compensar a diferença existem entre as duas rodas, os engenheiros e os primeiros projetistas de carros criaram o diferencial, um mecanismo simples, robusto e compacto, além de eficiente. No interior da peça existe um conjunto de engrenagens, chamadas satélites e planetárias. Através da composição dos movimentos de todos os equipamentos, o veículo compensa a diferença de velocidade entre as rodas motrizes.

Assim, temos uma tração suave e sem patinar (escorregar), mesmo nas curvas. Problema solucionado para trafegarmos em curva nas grandes cidades. Porém, o mesmo benefício pode ser um grande problema na prática off-road, afinal andar em piso firme é só para durante a semana. Uma situação bem freqüente na trilha é uma das rodas motrizes perder a aderência do solo, enquanto a outra permanece em contato.

Quem não esteve em uma situação assim? A roda que está no ar gira em falso, consumindo toda a potência transmitida ao diferencial, impedindo que o veículo se movimente. E olha você lá no meio do mato, pendurado e sem conseguir sair. Com certeza, a prática do fora de estrada estaria em muito comprometida. Para solucionar esse problema foi criado o diferencial de escorregamento progressivo ou positraction